Sobre Mim
Eu me chamo Yuri Borges Vittorelli — assino em todos os lugares, inclusive nas redes sociais, como Y. B. Vittorelli — e sou o criador deste projeto, O Bardo.
Tenho 23 anos, moro atualmente em São Paulo e, em vez de listar uma série de informações, com a esperança de estabelecer um vínculo com vocês, prefiro contar-lhes uma historieta a meu respeito, pois ela diz sobre mim tudo o que mais vale a pena saber.
Decidi me tornar um escritor aos 5 anos. Irrequieto, e tomado de ennui, perambulava pela biblioteca de meu avô quando peguei, ao acaso, um volume da prateleira; era grande, tinha uma capa de couro escura e imediatamente passava um ar de gravidade que contrastava enormemente com o prosaísmo de ser menino. O título e os detalhes da capa estavam todos em dourado; olhei primeiro para a gravura, retratando um homem de barba comprida com um "chapéu" estranho, pontudo. A primeira impressão foi que ele possuía uma sabedoria abismal, como se vivesse num mundo — ou, de fato, numa dimensão — completamente distinto do meu. Passando pelo título, li: "Os Pensadores — Santo Agostinho".
Neste momento, tudo contribuía para me abrir os olhos a uma existência que até aquele momento estava oculta — ou se manifestava apenas através de lapsos: a sensação de tocar o couro, o peso do livro, o aroma das páginas já envelhecidas, as linhas de ouro na capa, a figura daquele homem austero e até a própria sonoridade de dizer "Os Pensadores — Santo Agostinho"... Tudo aquilo me maravilhava de tal forma que eu senti como se tivesse criado asas, e conforme atravessava aquelas páginas, sentia como se estivesse voando por mundos...
Naturalmente, não entendia nada do que o Doutor da Graça se referia, mas entendia que se tratavam de ideias elevadíssimas, e de tal forma elas me eram desconhecidas e obscuras que eu me dizia internamente, em termos mais simples: "até agora é como se eu não conhecesse nada, e enquanto estou parado aqui existe essa realidade colossal acima de mim, com aspectos infinitos, com uma beleza insondável e com uma grandeza que me esmaga."
Desde aquele momento, o meu propósito tem sido penetrar essa realidade com todo o ser. Essa grandeza toda, na minha simplicidade, atribuí ao objeto físico, ao livro, e não à contemplação em si mesma. Assim nasceu o meu encanto eterno pelos livros.
Alguns dias depois, sentado num carro com meu avô, e antes de sair num dos passeios que sempre me levava, ele perguntou, chamando-me pelo apelido carinhoso que usava:
"Lulinho, o que você quer ser quando crescer?"
Eu respondi, sem pestanejar:
"Um escritor!"
Tudo o que eu queria era fazer livros maravilhosos como aquele que o destino me tinha revelado. Da mesma forma, ainda é tudo o que eu quero hoje. E posso afirmar com ímpeto: é tudo o que eu quererei até nos velhos dias, quando palmilhar a via dos últimos dos suspiros.
Tendo falecido em 2010, quando eu tinha 8 anos, meu avô foi o único homem que acreditou no meu sonho ao longo de todos esses anos. A ele, dedico todo o amor do meu coração.
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Perguntas Frequentes
Você é O Bardo? Não. O Bardo é o arquétipo: a imagem simbólica da vocação do criador, do artista e do poeta. É uma imagem que devemos manter sempre em vista e nos esforçar para realizar em nós mesmos.
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O que são Ensaios? No contexto d'O Bardo, são textos aprofundados onde exploro artistiticamente temas como literatura, filosofia e psicologia.
Quais assuntos você aborda nos Ensaios? Abordo principalmente os seguintes temas: linguagens, linguística, literatura, psicologia, História, filosofia e teologia.
O que são Romances? Para começar, é necessário esclarecer que não se trata necessariamente de histórias de amor, mas sim de um gênero literário em prosa, mais extenso que o conto e a novela, no qual se contam histórias de ficção.
Quais línguas você fala? Falo português, inglês e francês. Atualmente, estudo alemão e latim.